Pequenas e médias empresas sob a mira dos ciberatacantes
Aumento de mais de 40% dos ataques em um ano, segundo a Karpersky, revela que falta investimento em infraestrutura e segurança, profissionais especializados e conscientização dos gestores para prevenir as ações criminosas que podem causar prejuízos incalculáveis às PMEs.
Pequenas e médias empresas (PMEs) têm sido alvo constante das ações cibercriminosas. Entre janeiro e abril de 2022, o aumento de ataques a esse tipo de negócio cresceu 41% no Brasil, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com um levantamento da Kaspersky.
Dentre os fatores que tornam as PMEs mais atrativas para os agentes mal-intencionados está a falta de uma estrutura cibernética, de profissionais dedicados ao monitoramento e bloqueio das ameaças, e da possibilidade de as utilizarem como uma porta lateral para acessarem às grandes corporações, das quais tendem a ser fornecedoras.
Fundamentais para a economia, as pequenas e médias empresas representam 90% das empresas mundiais. No Brasil, 99% dos 6,4 milhões dos negócios ativos são pequenos, os quais são responsáveis por 30% do PIB (dados no SEBRAE e do estudo Global Entrepreneurship Monitor – GEM).
Por que as PMEs enfrentam mais desafios cibernéticos do que as grandes?
Pela sua importância econômica e a proximidade com as gigantes, as PMEs tornaram-se o alvo frágil e fácil para que os hackers pudessem ter maior sucesso em suas ações, bem como um atalho para entrada nos grandes negócios.
Nos últimos dois anos, os fatores que mais contribuíram para que ficassem ainda mais vulneráveis foram a conectividade e o trabalho remoto, os quais favoreceram o aumento das tentativas de phishing, malware, ransomware, invasões a Wi-Fi e fraudes de pagamento.
Outro ponto importante a ser considerado é o grau de maturidade da gestão sobre o tema cibersegurança. A falta de investimento em soluções e time especializado fazem com que as pequenas e médias empresas sejam “alvos ainda mais fáceis”, porque diminuem as barreiras de entrada.
PMEs pensarem que não serão alvo de invasores as tornam ainda mais vulneráveis.
Como consequência, o impacto é ainda maior, uma vez que os prejuízos financeiros e os custos de recuperação de um ataque hacker podem ser incalculáveis para esse tipo de negócio.
Soluções e consciência cibernética
A maior parte das empresas conta com uma proteção antivírus, a qual sozinha não protege contra as ameaças cada vez mais sofisticadas.
Independentemente do porte de um negócio, a cibersegurança deve ser uma prioridade inegociável.
Por isso, deve ser combinada com soluções personalizadas para atender as necessidades específicas de cada negócio e em seu orçamento. Dentre as tecnologias que são consideradas essenciais, destaque para:
- Autenticação multifator: senhas fortes sozinhas não ajudam a proteger o sistema. Para adicionar uma camada extra, a autenticação multifator verifica a identidade dos usuários e pode eliminar as tentativas de fraudes de acesso.
- Acesso limitado e privilegiado: adicionar fatores duplo de autenticação das transações financeiras, bem como liberar o acesso específico a cada usuário, impedindo que todos possam ter informações sensíveis da companhia ao entrar no sistema.
- Soluções em nuvem: adotar a estrutura em nuvem diminui os custos, aumenta a flexibilidade do trabalho remoto e proporciona melhor gerenciamento dos serviços de e-mail, entre outros, por exemplo. Com isso, pode-se adicionar o armazenamento seguro de soluções, como o CASB (Cloud Access Security Broker).
- Conscientização cibernética: todos os colaboradores, desde a gestão até a linha de frente devem adotar uma consciência cibernética, entendendo como atuam os cibercriminosos e identificando ações suspeitas, uma vez que a maior variável de ataques bem-sucedidos é o fator humano.
Um plano de cibersegurança robusto não é privilégio apenas das grandes corporações. As PMEs podem se beneficiar das soluções feitas sob medida para elas, protegendo principalmente sua propriedade intelectual e as informações sensíveis e confidenciais de seus clientes.
Tudo com o apoio de um time de especialistas que identificam a estrutura e as necessidades, implementam e podem monitorar as ameaças de forma terceirizada, com menores custos e melhores resultados.