Visibilidade e gerenciamento avançado de vulnerabilidades: entenda pontos fundamentais de proteção em ambientes corporativos
Para sustentar as necessidades dos ambientes dinâmicos, altamente conectados e sem delimitação de perímetro de infraestrutura, contar com programas avançados de tecnologia é fundamental para visibilidade de superfície e redução de riscos cibernéticos.
As duas últimas décadas foram marcadas pela aceleração da evolução tecnológica com destaque, entre outros pontos, da popularização da internet na comunicação corporativa, da Internet das Coisas (IoT) e da aplicação ampla da Inteligência Artificial (IA). Com o objetivo de tornar o trabalho mais dinâmico e veloz, aumentar a produtividade e acompanhar as tendências, as empresas passaram a incluir em seus ambientes de TI novos softwares, dispositivos, ferramentas e funcionalidades.
Entretanto, os programas de infraestrutura e de segurança tradicionais não foram atualizados na mesma velocidade, o que ampliou as possibilidades, brechas e ameaças de cibersegurança, especialmente em ambientes corporativos, e passou a exigir das empresas um gerenciamento avançado de vulnerabilidades.
Este é um componente fundamental aos negócios, o que é reforçado pelos dados do relatório da Brandessence Market Research, que prevê um crescimento exponencial ao mercado global de gerenciamento de cibersegurança: avaliado em US$ 11,26 bi em 2021, deve chegar a US$ 21,38 bilhões até 2028.
A estimativa do crescimento de valor do segmento em quase 90% engloba uma análise de tamanho, participação, empresas e tendências, as quais são impulsionadas, principalmente, pela mobilidade empresarial, armazenamento em nuvem e virtualização dos ambientes de TI.
Esse avanço exige atenção e rápida movimentação acerca da visibilidade de ambientes corporativos e do gerenciamento avançado de riscos cibernéticos, diminuindo os gaps dos sistemas mais complexos e distribuídos, bem como a camada de ação de hackers.
O que é e como atua o gerenciamento avançado de vulnerabilidades
Do inglês, Advanced Vulnerability Management (AVM), refere-se à evolução do processo de gerenciamento de vulnerabilidades, que compreende o uso de uma abordagem única para identificar e enfrentar as superfícies complexas — e em constante avanço — de ataques.
Por meio de um console centralizado, os métodos, que antes eram manuais e executavam análises semanais ou mensais, são automatizados e passam a englobar desde a detecção até a correção das vulnerabilidades em tempo real.
O gerenciamento avançado é aliado dos times de TI e cibersegurança, pois controla riscos de segurança, vulnerabilidades dos softwares e dos ativos, ausência de patches, configurações não realizadas corretamente, desvios e deficiências de controles de segurança.
Além de se ter plena visão de quais são os dispositivos conectados às redes corporativas, entende-se quais são os sistemas com riscos mais eminentes, bem como se rastreia e elimina as ameaças.
As etapas do gerenciamento avançado de vulnerabilidades
Este é um programa que evolui conforme a maturidade do negócio. Novos fatores são adicionados na avaliação dos sistemas, tornando-o mais robusto ao combinar a compreensão dos ativos, da infraestrutura de TI e das possíveis brechas de segurança cibernética em geral.
Com isso, os times internos são capazes de entender como as brechas podem ser exploradas e, consequentemente, o negócio ser atacado. Desta forma, estão habilitados para criar métodos de combate às ações dos cibercriminosos.
O gerenciamento avançado de vulnerabilidades é um processo em constante evolução e que deve ser contínuo.
De acordo com especialista em cibersegurança do time Secureway de SOC – Security Opperations Center, são cinco os passos para implantar e reforçar um plano eficaz de gerenciamento de vulnerabilidades. Veja a seguir:
1. Identificar: É o primeiro passo do programa de gerenciamento de riscos. Por meio do scanning, avalia-se todo o ambiente empresarial. Ao encontrar as brechas e pontos cegos, é hora dos times de TI e segurança atuarem na criação de soluções de reparo.
2. Investigar: Todos os ativos, configurações incorretas e indicadores de segurança, como os patches, são avaliados e devem estar em conformidade com os padrões vigentes. Essa fase costuma ser feita com o teste de intrusão (PENTEST).
3. Priorizar: Determinado pelo risco, é hora de entender quais são as vulnerabilidades mais críticas e atuar na correção delas.
4. Eliminar: Esta é a etapa mais robusta, na qual se tem uma compreensão holística de todo o ambiente e da correlação das ameaças atuais e futuras. Por meio de ferramentas, como Machine Learning, correlaciona-se as brechas de segurança e riscos e entende-se quais são os que podem ser exploradas em curto prazo, corrigindo-os da forma mais adequada.
5. Responder: Com uma estrutura mais robusta de segurança cibernética, visibilidade ampla e capacidade de bloqueio, é possível reforçar a proteção da estrutura corporativa, focando na prevenção dos ataques cibernéticos ao responder de forma rápida sob qualquer sinal de alerta.
Com o aumento de soluções em nuvem e dispositivos conectados, os ambientes corporativos têm evoluído rapidamente e estão cada vez mais pulverizados, o que eleva as vulnerabilidades, responsáveis por perdas monetárias e de reputação das marcas.
Investir em um programa de gerenciamento avançado de cibersegurança protege a superfície de ataque da organização, melhora a eficiência operacional, alinha a corporação aos padrões de conformidade vigentes e fortalece a postura de segurança, ao passo que o negócio continua a evoluir e ampliar sua vantagem competitiva com soluções modernas.