Engenharia Social 2.0: Como os Cibercriminosos Estão Explorando a IA para Golpes Mais Sofisticados
A nova era dos golpes cibernéticos: bem-vindo à engenharia social 2.0
Nos últimos anos, os golpes baseados em engenharia social 2.0 se tornaram mais frequentes, perigosos e convincentes. Com a disseminação de ferramentas de inteligência artificial, os cibercriminosos passaram a utilizar deepfakes, voice cloning e outras técnicas avançadas para manipular, enganar e violar sistemas com base no fator humano.
Segundo o Relatório de Ameaças da ENISA (Agência Europeia de Cibersegurança) de 2023, as técnicas de engenharia social impulsionadas por IA estão entre as cinco ameaças mais críticas da atualidade, com destaque para o uso de imagens falsas e áudios sintéticos em golpes financeiros e corporativos.
Como a engenharia social evoluiu com a inteligência artificial?
Tradicionalmente, ataques de engenharia social envolviam e-mails de phishing, ligações falsas ou abordagens via redes sociais. Agora, com o uso de IA generativa, essas técnicas se tornaram muito mais sofisticadas e difíceis de identificar.
Principais formas de golpes com IA:
1. Deepfakes
Deepfakes são vídeos, áudios ou imagens manipuladas por inteligência artificial para criar representações falsas de pessoas reais. Essas falsificações têm sido cada vez mais utilizadas em ataques de engenharia social, tornando-se ferramentas poderosas para criminosos.
Em fevereiro de 2024, um funcionário do setor financeiro de uma multinacional foi vítima de um golpe sofisticado em Hong Kong. Ele participou de uma videoconferência com o que acreditava serem colegas de trabalho, incluindo o diretor financeiro da empresa. No entanto, todos os participantes, exceto ele, eram representações falsas criadas por deepfake. Durante a reunião, o funcionário foi induzido a realizar uma transferência de US$ 25 milhões. O golpe só foi descoberto posteriormente, quando o funcionário verificou com a sede da empresa no Reino Unido. (Fonte)
Esse incidente ilustra como os deepfakes podem ser usados para enganar funcionários e comprometer a segurança financeira das empresas.
2. Voice phishing (vishing) com IA
Com algoritmos de clonagem de voz, criminosos conseguem simular chamadas telefônicas aparentemente reais. Um funcionário pode acreditar que está falando com um superior imediato, e ser induzido a tomar ações prejudiciais sem desconfiar da fraude.
3. Phishing automatizado com linguagem natural
Ferramentas como ChatGPT e Bard têm sido exploradas para gerar e-mails de phishing altamente persuasivos e com tom personalizado. Isso torna mais difícil a identificação por parte dos usuários e das ferramentas tradicionais de antispam.
4. Ataques a sistemas de reconhecimento facial e biometria
Com a geração de rostos sintéticos realistas, a IA também vem sendo usada para burlar mecanismos de autenticação biométrica.
Por que empresas estão mais vulneráveis?
A combinação de transformação digital, trabalho remoto e uso intensivo de comunicação digital aumentou a exposição das empresas a esse tipo de golpe. Além disso, os criminosos usam a IA para:
• Mapear cargos e funções a partir de dados abertos (como LinkedIn)
• Coletar informações públicas para criar abordagens personalizadas
• Automatizar tentativas de ataque em larga escala, com baixo custo e alta eficiência
Como se proteger da engenharia social 2.0?
A prevenção é o principal caminho para mitigar riscos associados à engenharia social 2.0. Veja boas práticas que podem ser adotadas:
1. Conscientização e treinamentos
Programas regulares de educação em segurança da informação ajudam colaboradores a identificar tentativas de fraude baseadas em IA.
2. Autenticação multifator (MFA)
Adoção de MFA reduz significativamente a eficácia de ataques baseados em credenciais roubadas.
3. Monitoramento de comportamento
Ferramentas que identificam desvios de comportamento podem detectar atividades suspeitas mesmo quando o atacante usa identidade clonada.
4. Proteção contra ameaças avançadas (ATP)
Soluções de ATP detectam padrões incomuns e usam análise baseada em IA para bloquear ataques antes que causem danos.
A SECUREWAY e a defesa contra ameaças impulsionadas por IA
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A ascensão da IA está revolucionando o mundo, mas também ampliando a capacidade de ataque dos cibercriminosos. A engenharia social 2.0 representa uma das formas mais perigosas e difíceis de detectar de ameaça cibernética. Proteger sua organização exige tecnologias atualizadas, educação continuada e parcerias estratégicas com especialistas como a SECUREWAY.
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