Como proteger ambientes hiperconectados?
A integração de tecnologias, como IoT, Machine Learning, Cloud Computing e Inteligência Artificial, apoia o rápido avanço dos negócios. Com isso, as empresas devem incluir em seus processos de digitalização a proteção de seus sistemas e informações sensíveis contra as ações de hackers.
O relatório IDC Predictions 2023 antecipou a previsão de que o mercado de segurança da informação (SI) movimentaria o montante de US$1,3 bilhão até dezembro de 2023 apenas no Brasil. Um dos fatores que impulsiona esse investimento por parte das empresas é a busca pela proteção em ambientes hiperconectados.
Um dos fatores pelos quais isso acontece é o rápido avanço da implantação da Inteligência Artificial (IA), que culminou no aumento do número de vulnerabilidades dos sistemas corporativos, exigindo uma ação rápida dos líderes de cibersegurança para evitar que os seus negócios fossem prejudicados com as ações bem-sucedidas de agentes mal-intencionados.
Diante deste cenário, para 2024, as trends — também chamadas de tendências — da cibersegurança estão baseadas nas tecnologias já conhecidas, como IoT, Machine Learning, Cloud Computing e IA, além de regulamentações em andamento para essa hiperconectividade e a ética de dados.
Leia mais sobre o tema no BlogSW: Sua empresa acompanha a velocidade da aceleração digital?
Como funciona a proteção em ambientes hiperconectados
Implementar medidas de segurança de forma a garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade de dados e programas em um local em que há a conexão de dispositivos, redes e sistemas que se interconectam. Essa pode ser a definição para o papel da proteção em ambientes hiperconectados.
Estes espaços, por sua vez, compreendem redes corporativas, Internet das Coisas (IoT), nuvem híbrida e privada, entre outros. Para que estejam protegidos, é preciso que os times de segurança montem uma estrutura completa que compreende:
1. Firewall e segurança para detectar e prevenir intrusões a partir do monitoramento e controle do tráfego de rede.
2. Segmentação de redes de forma que grupos específicos acessem cada uma delas. Essa ação limita a propagação de ataques e isola sistemas críticos.
3. Autenticação e controle de acesso a partir de políticas de validação que verifiquem o usuário e os dispositivos, evitando conexões indevidas e limitando as informações apenas a quem deve (e pode) manipulá-las.
4. Criptografia que auxilia na proteção de dados estáticos ou em movimento, evitando que terceiros possam interceptar ou acessar informações sensíveis e indevidas.
5. Atualizações e patching são recomendados para manter os sistemas e softwares atualizados, mitigando a exploração das vulnerabilidades conhecidas por parte dos cibercriminosos.
6. Monitoramento e análise da segurança para detectar atividades suspeitas ou violações de segurança. Neste item entram o SIEM (Security Information and Event Management) e a análise de comportamento anômalo — saiba mais sobre eles
7. Gerenciamento de dispositivos, principalmente dos hiperconectados, implementando políticas que monitorem e protejam de forma integral e com visibilidade em tempo real.
8. Controle de aplicativos e navegação web por meio de uma ferramenta que filtra o conteúdo e os aplicativos, evitando o acesso a sites maliciosos e/ou não autorizados.
9. Segurança em nuvem a partir de servidores que implementam políticas adequadas e adotam as melhores práticas de utilização.
10. Backup e recuperação de dados para não ser surpreendido em caso de sequestro, roubo ou perda de informações. A recomendação é manter essas cópias constantemente atualizadas e um plano de reaver os dados se um desastre acontecer.
11. Resposta a incidentes para caso aconteçam ataques é recomendado ter um plano de ação rápida e eficaz, prevenindo os prejuízos e o impacto maiores.
Além das medidas práticas, quando se trata de proteção em ambientes hiperconectados, refere-se a uma abordagem em diversas camadas e fases, uma vez que as ameaças também estão em constante evolução.
Com isso, os líderes devem se atentar a outras ações, mais ligadas às legislações, para estarem adequados e protegidos pelas regulamentações.
Isso é feito com a avaliação de riscos e auditorias, a qual recomenda passar regularmente por esses testes de intrusão, também conhecidos como PENTEST, para identificar as melhorias. Essa ação culmina na atualização de políticas e conformidade, que é a revisão e atualização regular do que está vigente na sua empresa para estar em compliance com as medidas de segurança.
Por fim, e não menos importante, não adianta manter serviços e soluções de cibersegurança se os colaboradores não forem treinados para atuar em um ambiente hiperconectado. Desta forma, priorize atividades recorrentes para que eles sejam uma barreira — e não a porta de entrada — das ameaças.