Brasil sob ataque: 23 bilhões de ameaças no primeiro semestre de 2023
América Latina sofreu 63 bilhões de ações hackers nos seis primeiros meses do ano. Maior país da região lidera o ranking, sendo os setores mais afetados tecnologia, manufatura, governo, telecomunicações e saúde. Proteja sua empresa
À medida que os cibercriminosos continuam a adaptar suas técnicas e a executar ataques mais sofisticados, o Brasil sob ataque permanece na lista dos relatórios globais.
Divulgado recentemente pela Fortinet, o Global Threat Landscape da FortiGuard Labs, traz uma análise dos riscos significativos para empresas de todos os portes e segmentos, bem como a análise da atividade do crime cibernético de janeiro a junho de 2023.
Foram identificadas, na América Latina e no Caribe, de acordo com o estudo, 63 bilhões de ameaças cibernéticas, sendo que o Brasil lidera essa lista com 23 bilhões, seguido de México (14 bi), Venezuela (10 bi), Colômbia (5 bi) e Chile (4 bi), compondo o top 5. Estas informações foram apresentadas durante o Fortinet Cybersecurity Summit 2023, em São Paulo.
A sofisticação das ferramentas e o alto nível de direcionamento dos ataques é um dos principais alertas aos líderes de TI e segurança. Para Frederico Tostes, country manager da Fortinet Brasil e vice-presidente de Cloud para América Latina e Canadá, “o setor tem um grande desafio relacionado à escassez de habilidades em segurança cibernética, que tem afetado empresas em todo o mundo, principalmente o Brasil.”
Outro ponto que é observado não apenas na região, mas globalmente, é a falta de profissionais treinados e qualificados. Por isso, um recurso estratégico é a contratação de empresas especializadas que combinam talentos, soluções e serviços, para monitorar e proteger os ambientes corporativos. A seguir, acompanhe os principais insights do relatório.
Quais são os destaques dos ataques cibernéticos em 2023
Para o estrategista-chefe de Segurança e vice-presidente de Inteligência Global contra ameaças do FortiGuard Labs, Derek Manky, “a interrupção do cibercrime é um esforço global que exige a colaboração entre setores público e privado, além de investimento em serviços de segurança baseados em Inteligência Artificial.”
A IA é um recurso que vem sendo explorado e é um dos destaques em inovação de segurança, mas que deve ser utilizado com atenção. Segundo o Gartner 41% das empresas entrevistadas pelo estudo relataram já ter sofrido uma violação de privacidade conhecida ou um incidente de segurança cibernética, mesmo com o uso da Inteligência Artificial.
Por isso, a recomendação é investir nas inteligências de ameaças acionáveis que auxiliam os times de segurança a priorizarem proativamente os esforços de correção e responder às ameaças mais rapidamente, principalmente quando as ameaças continuam a crescer.
Segundo os pesquisadores do FortiGuard Labs, as principais tendências a serem destacadas para que os times de segurança estejam atentos são:
1. Ransomware: registrou-se picos de crescimento das variantes deste malware nos últimos anos, os quais são impulsionados pela adoção de ransomware como serviço (RaaS). Mesmo em declínio, os especialistas reforçam que os cibercriminosos estão utilizando essa modalidade de forma cada vez mais específica e direcionada, principalmente porque têm interesse em aumentar o ROI das ações criminosas.
2. Exclusividade de expoits: foram descobertas mais de 10 mil vulnerabilidades, as quais destacam os diferentes tipos de ataques maliciosos dos quais as equipes de segurança precisam estar atentas. Esse número é 68% superior do que cinco anos atrás, o que indica a multiplicação e a diversificação neste curto período.
3. Wipers: os limpadores, como são conhecidos os wipers, continuam a ser aplicados por grupos cibercriminosos que visam organizações dos setores de tecnologia, manufatura, governo, telecomunicações e saúde.
4. Botnets estão nas redes por mais tempo: essa é uma das principais descobertas dos pesquisadores do FortiGuard Labs — aumento exponencial no número total de “dias ativos”. Isso compreende o tempo entre a primeira tentativa de um botnet em um sensor até o último. No primeiro semestre de 2023, o tempo médio foi de 83 dias, aumento que supera em mil vezes o registrado há cinco anos.
Como a SECUREWAY apoia a segurança da sua empresa
De acordo com os pesquisadores da FortiGuard Labs, as indústrias que sofreram mais ataques no Brasil nos primeiros seis meses de 2023 foram as de tecnologia, manufatura, governo, telecomunicações e saúde.
As motivações são variadas, mas se conectam entre serem áreas fundamentais para o funcionamento da sociedade, bem como algumas delas passam pelo processo de Transformação Digital.
Por isso, a recomendação é identificar tendências notáveis em táticas de ataque e criar planos de segurança para cada tipo de negócio. Afinal, quanto mais tempo uma empresa passa desprotegida ou invadida sem ser identificada, maiores são os danos e os riscos.
Desta forma, conte com o time de especialistas da SECUREWAY e os planos estruturados em cibersegurança para a continuidade dos negócios.