Alerta para ambientes corporativos: ataques de malware voltam a crescer após 3 anos
O primeiro semestre de 2022 registrou quase 3 bilhões de ameaças com maior intensidade e novas variações, o que reforça a preocupação e o investimento das organizações em cibersegurança.
Software desenvolvido para roubar dados e danificar dispositivos e sistemas. Esta é a definição de malware, um dos métodos utilizados por cibercriminosos para acessar ambientes digitais e obter vantagens, especialmente financeiras, sobre empresas e corporações.
Apenas no primeiro semestre de 2022 foram detectados 2,8 bilhões de ataques de malware, um aumento de 11%, segundo o relatório Cyber Threat Report.
Este é o primeiro registro de crescimento da ameaça em três anos, o que reforça o sinal de alerta: 45% do total é de novas variações de malware e o foco está nas empresas do setor financeiro e em dispositivos com Internet das Coisas (IoT).
A crescente dependência digital é uma das explicações para as causas desses altos números, de acordo o Relatório de Risco Global de 2022, do Fórum Econômico Mundial, reforçada pelos métodos mais robustos aplicados pelos ciberatacantes, a baixa barreira dos sistemas às ameaças, a falta de profissionais capacitados e de governança corporativa.
O que é e quais os tipos mais comuns de ataques de malware
Conforme a Sophos, malware é a abreviação de software malicioso — aplicativos ou programas — que podem infectar o computador e causar danos ou perda de dados.
A invasão pode acontecer de diversas formas, sendo a internet e o e-mail os principais canais de ação dos grupos mal-intencionados que atacam não apenas computadores, mas outros endpoints, como telefones, dispositivos móveis e demais equipamentos.
Um ataque de malware pode acontecer via navegação web com transferência de arquivos, configurações suspeitas, downloads e anexos de e-mails. Ou seja, é a combinação entre software malicioso, ações cibercriminosa e do usuário.
Da mesma forma que existem diversas maneiras de agir, os malwares também apresentam variados tipos. Segundo a Fortinet, eles são:
- Vírus: este é um dos mais conhecidos. O código malicioso é direcionado a um código limpo à espera da execução do usuário e é espalhado rapidamente, afetando o funcionamento dos sistemas e, até mesmo, acesso dos usuários aos seus dispositivos.
- Worms: é um dos tipos mais comuns que forma conexões de uma máquina para outra, tomando toda a rede de forma rápida.
- Trojan: também chamado de cavalo de Tróia, esconde um software infectado em uma estrutura que parece ser legítima. Ao entrar no dispositivo, cria backdoors e faz com que outros softwares maliciosos avançados possam agir nele.
- Ransomware: um dos mais alarmantes, pode bloquear um computador ou uma rede inteira e impedir que os usuários o acessem até que paguem resgate ao invasor para recuperar os dados.
- Spyware: fica escondido no computador, funcionando como um espião que coleta informações sem o conhecimento do usuário, incluindo credenciais pessoais, como dados do cartão de crédito e senhas.
- Adware: são anúncios e recursos que aparecem na tela durante a navegação na internet e que podem se alinhar a outros aplicativos, obtendo acesso ao sistema do dispositivo.
- Rootkit: é oculto e permite que o invasor tenha os mesmos privilégios de um administrador.
- Cryptojacking: utiliza dispositivos para minerar criptomoedas.
- Keyloggers: grava a digitação do usuário com o intuito de descobrir senhas.
- Rogue sofwate: traduzido como software desonesto, finge oferecer ajuda aos alvos para se livrar de vírus e outros tipos de malware. Ao ser instalado, infecta a máquina.
- Scareware: aplica a engenharia social para alertar um usuário e fazê-lo pensar que seu sistema é vulnerável a um potencial ataque.
Como detectar e bloquear os ataques de malware
Há sinais indicadores para observar se um usuário foi infectado por ataques de malware. São eles:
- Lentidão do computador;
- Perda de espaço em disco;
- Aumento da atividade da internet na rede;
- Anúncios pop-up;
- Novas barras de ferramentas, extensão ou página inicial diferente.
Por utilizarem táticas imperceptíveis, os ataques de malware requerem sistemas de filtragem de tráfego, os quais detectam os softwares maliciosos, examinam perfil de ameaças e os padrões de comportamento. Assim como combiná-lo com um sistema de prevenção de intrusões (IPS), firewalls e sandbox.
Além das ferramentas, fornecer educação cibernética aos usuários é recomendado para que possam ter consciência das melhores práticas e controle dos dispositivos, suspeitando e evitando a ação dos arquivos maliciosos.
Estas ações, combinadas com um time de segurança especializado que implemente o plano de cibersegurança e soluções de identificação, detecção e resposta, elevam a proteção contra os ataques de malware.